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fiatA produção da fábrica da Fiat em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, está paralisada desde sexta-feira (13) por causa da suspensão de fornecimento de componentes pelas empresas Tower e Mardel, pertencentes ao grupo multinacional Keiper/Prevent. Segundo a Fiat, as fornecedoras queriam reajustar seus preços. O assunto ainda estava em negociação quando, de acordo com nota divulgada pela montadora, “as empresas interromperam abruptamente o fornecimento de componentes e estruturas metálicas soldadas na última quinta-feira (12)”. A fábrica em Betim tem 19 mil funcionários e é a maior montadora de veículos do Brasil. Ela produz os modelos Fiat Mobi, Uno, Palio Fire, Palio, Bravo, Punto, Grand Siena, Linea, Siena, Palio Weekend, Strada, Idea, Doblò, Fiorino, Uno Furgão e Doblò Cargo. De acordo com a Fiat, a perda diária em arrecadação para o governo é de R$ 30 milhões. O advogado da Keiper/Prevent, César Hipólito Pereira, disse que a interrupção do fornecimento dos componentes foi necessária porque há débitos da Fiat em relação a uma remessa de peças e que, logo após ter feito o pedido, anunciou férias coletivas. A assessoria da Fiat nega a dívida e disse que a última paralisação aconteceu no dia 25 de abril, durando dez dias. De acordo com a montadora, a medida atingiu trabalhadores de três das quatro linhas de produção. O Sindicato dos Metalúrgicos de Betim e Região informou que discute uma ação jurídica para defender os interesses dos trabalhadores. “É um absurdo duas empresas multinacionais brigarem e os operários servirem de escudo. Há uma preocupação e uma desconfiança constantes por causa da situação atual do Brasil e ainda aparece este embate, prejudicando a classe trabalhadora”, disse o presidente da entidade, João Alves.

Por Editor1

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