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Festa de Pentecostes

13//05/2016- 16:43

PorEditor1

maio 13, 2016

66555656     A partir da época da libertação do Povo de Israel da escravidão do Egito, pelo 13º século antes de Cristo, que esse mesmo povo celebrava a festa de Pentecostes. Junto com a festa das Tendas e da Páscoa estava formado o tripé das celebrações solenes do judaísmo.

O Novo Testamento, como dinâmica não do judaísmo mas do cristianismo católico, conservou as solenidades da Páscoa e Pentecostes, não mais lembrando a libertação do Egito, mas o evento Jesus Cristo.

A Páscoa Cristã católica é celebrada no domingo posterior à lua cheia do equinócio da primavera do hemisfério norte. Isto desde o concílio de Niceia em 325. Todas as outras celebrações dependem desta data. Numa oscilação entre 23 de março e 25 de abril.

Cinquenta dias após a celebração pascal, a Igreja Católica abraça a solenidade de Pentecostes. Neste ano será no dia 15 de maio. Recorremos, portanto, ao capítulo segundo do livro dos Atos dos Apóstolos. É uma renovação aprofundada da Aliança com Deus. Jesus volta para o seio do Pai e nos presenteia com o Espírito Santo que nos santifica ao longo de nossa caminhada terena rumo ao Pai.

O profeta Isaias, no início do capítulo onze já descreve os dons do Espírito como o Espírito de Javé.

O que significam para nós os dons do Espírito Santo? Esses dons são qualidades especiais que recebemos, principalmente a partir do Sacramento da Crisma. Dizemos naturalmente que a confirmação é o Sacramento do Espírito Santo. Alimenta-nos no crescimento e aprofundamento da graça batismal. O Catecismo da Igreja Católica nos afirma essa verdade ao tratar dos efeitos do Sacramento da Crisma. Como outrora aos Apóstolos, o crismando recebe a infusão do Espírito Santo. Em plenitude. Assim, enraizados na filiação divina, somos livres suficientes para dizer Abbá! Pai! (Rom 8, 15)

Mas quais são e o que significam os dons do Espírito Santo? Vejamos:

Sabedoria  –  Esse dom é o inverso de uma estreiteza de espírito. A pessoa que é sábia não olha as coisas tão somente sob sua própria ótica, mas sim de maneira integral. Sob todos os ângulos. É um enriquecimento que adquire e passa a visão olística também para as outras pessoas, sem a cátedra de mestre.

Entendimento  –  O entendimento significa a Ciência do Coração. Entender, portanto, significa ver as coisas a partir do coração. Não apenas do próprio coração, mas a partir do coração das outras pessoas. Conhecer os sentimentos e as atitudes das outras pessoas. É fácil ter tal atitude? Só mesmo com a iluminação do Espírito Santo.

Conselho  –  Eis aí a capacidade de tomar boas decisões. São diante de alternativas múltiplas que se pode tomar decisões apropriadas a cada circunstância. E mais, analisando as conseqüências. Daí, o julgamento da pessoa tende a ser correto. Neste sentido nos pode ajudar muito o dom do Conselho.

Fortaleza  –  Com o dom da fortaleza o cristão enfrenta com naturalidade as dificuldades da vida. As decisões tomadas foram amadurecidas. Daí, o esforço para ser fiel às mesmas. A coragem para viver as próprias convicções é o preço para quem tem o dom da fortaleza. Precisamos desse dom sempre.

Ciência  –  Com o dom da ciência se tem o conhecimento claro do mundo tal como ele é. Isto para cada um, para a coletividade, conforme a época e circunstâncias da vida. O mundo está, o sabemos, em mudança. O dom da ciência ajuda a interpretá-lo a seu tempo.

Piedade  –  O dom da piedade quer significar uma postura que se leva em conta e apreço os valores da vida e de tudo que a mantém e suporta. Com esse dom se pode enfrentar a realidade com responsabilidade. Tal responsabilidade é de cada um. Um exemplo que se pode dar é a responsabilidade dos pais na dedicação aos filhos com o cuidado que lhes cabe e com ternura. O dom da piedade estando na vida do ser humano o torna naturalmente amadurecido para todo e qualquer relacionamento humano.

Temor de Deus  –  A presença de Deus na vida humana, sentida e vivida, é a manifestação do temor de Deus nos corações. Uma presença de Deus na vida leva o ser humano a viver com uma profunda liberdade seus anseios e conquistas. A realidade será enfrentada com responsabilidade. Percebem-se os perigos do erro e do pecado. Como também a vantagem do bem praticado no cumprimento dos deveres cristãos na filiação divina.

Uma pergunta. Por que Deus dá seus dons ao seu povo? Os dons do Espírito Santo não são concedidos às pessoas apenas para sua felicidade pessoal. São concedidos para o bem da própria comunidade. Para o bem de toda a Igreja, como também para o bem do mundo inteiro. Eles ajudam a construir o chamado Corpo Místico de Cristo. Eles tornam o povo de Deus capaz de viver como Jesus viveu. Concede às pessoas tudo o de que elas necessitam para se tornarem membros ativos e participantes da vida cristã, elementos sempre vivos da Igreja Católica.

Desde o dia do Batismo cada ser humano se torna membro da Igreja Católica, mas temos, sem dúvidas, as dificuldades em cumprir integralmente o que aprendemos no seio da Igreja.

Se formos buscar no livro dos Atos dos Apóstolos (2, 22-26) veremos que, no dia de Pentecostes, Pedro, diante de uma grande multidão, resumiu muito bem o que é a fé da Igreja Católica. É um resumo da História da Redenção, dentro da grande História da Salvação. Percebemos então o lugar privilegiado dos dons do Espírito Santo no Plano Divino da Salvação.

Por Editor1

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