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millho_irrigaçãoUm projeto piloto idealizado pela Emater-MG pretende tornar mais preciso o acompanhamento de safra agrícola feito por georreferenciamento. A ideia é que as imagens coletadas por satélite passem por uma validação de campo feita por técnicos capacitados. O projeto está sendo implantado em Uberaba, no Triângulo Mineiro, em parceria com Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), prefeitura, Sindicato dos Produtores Rurais e IBGE. Serão acompanhadas as safras de milho, soja, cana-de-açúcar e também pastagem. O acompanhamento de safra feito com base em imagens de satélites não é novidade. Porém, de acordo com o gerente do Departamento Técnico da Emater-MG, Leonardo Kalil, essa técnica apresenta algumas dificuldades. Uma delas é a baixa qualidade das imagens que dificulta identificar as culturas e as variações que ocorrem. Outro problema é frequência superior a um ano para a atualização das imagens dos satélites de melhor qualidade. “Os satélites capazes de captar a variação das culturas, que apresentam novas imagens a cada 15 dias, ainda não têm uma boa qualidade. Se você utilizar imagens de melhor qualidade, atualizadas a cada um ou dois anos, não há como perceber a variação da área plantada”, afirma o gerente da Emater-MG. Segundo Leonardo Kalil, isso torna o levantamento de safra menos preciso e sujeito a especulações. “Nós esperamos que com esse trabalho possamos diminuir a atuação de especuladores”, diz. A proposta da Emater-MG é que o levantamento via satélite seja validado por técnicos treinados. O departamento de Geoprocessamento da Emater-MG irá disponibilizar as imagens do satélite Landsat 8 para os técnicos da empresa, da prefeitura e sindicato rural. Com essas informações, eles irão a campo para fazer a validação das áreas plantadas. Isso é feito com o auxílio de GPS, que identifica as coordenadas das áreas registradas pelo satélite. A Emater-MG é a responsável pelo treinamento dos técnicos. A verificação no campo tem a função de confirmar ou não o levantamento. Os dados coletados são repassados ao Departamento de Geoprocessamento da Emater-MG e enviados à Conab, que faz o acompanhamento de safra por georreferenciamento. A partir daí, softwares específicos fazem o cálculo da área e é possível chegar à estimativa mais precisa de safra. “A validação de campo é um processo caro, demorado, e por isso não temos este método utilizado em todo país ”, explica Leonardo Kalil.

Por Editor1

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