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IMG-20160428-WA0010O Ministério Público de Araxá, por meio do promotor de Justiça Marcus Paulo Queiroz Macêdo, em entrevista à imprensa no começo da tarde de ontem, quinta-feira, revelou que “o senhor prefeito Municipal de Araxá [Aracely de Paula, do PR] também foi processado pelo MP no caso de corrupção no esquema de compra de apoio político na Câmara Municipal de Araxá. Os elementos que haviam no inquérito policial indicavam a participação dele [Aracely] no aliciamento do vereador José Domingos Vaz, do PDT, para que ele votasse no senhor Miguel Júnior para presidente da Câmara”. O promotor afirma que “esse aliciamento foi feito de forma ilegal, ameaçadora, o que entendemos que se caracteriza improbidade administrativa [é o ato ilegal ou contrário aos princípios básicos da Administração Pública, cometido por agente público, durante o exercício de função pública ou decorrente desta]. Ele só não foi denunciado criminalmente porque os prefeitos têm foro privilegiado e só podem ser processados pelo Tribunal de Justiça do Estado. E já foi determinada a remessa das cópias integrais dos autos do inquérito policial para a Procuradoria de Justiça responsável pela análise de possíveis crimes praticados pelo prefeito. Já o caso de improbidade administrativa não tem foro privilegiado e pode ser analisado por um juízo  de primeiro grau. E nós entendemos, com base em  elementos ofertados pela Polícia e MP, que é nossa obrigação processar o prefeito de Araxá, Aracely de Paula.”  Fundamentado nos áudios interceptados de forma legal com autorização da justiça, Marcus Paulo também acrescentou que “é muito claro, pelo conteúdo das conversas, que o prefeito Aracely, de própria vontade, oferece ao senhor Miguel Júnior de colocar José Domingos do lado dele por meio de ameaças.  O áudio não deixa nenhuma dúvida de que o prefeito de Araxá ameaçou e causou algum dissabor  ao José Domingos para que ele votasse no Miguel. E o Aracely ainda usa a frase ‘pão e pau’ e se isso não for ameaça, uma chantagem ilícita, eu não sei  o que é ameaça. Um prefeito não pode chantagear e ameaçar um vereador. Não foi uma conversa como deveria ser numa democracia. Nesse caso, foi um convencimento feito na ameaça e chantagem, onde,  com base nos áudios, o senhor José Domingos não seria investigado e não sofreria o processo de cassação na Câmara. E numa segunda conversa, Aracely contou a Miguel que  tinha  convencido José Domingos e que a ameaça e a chantagem tinham dado certo”. Marcus Paulo concluiu afirmando que “essa chantagem é um ato ilícito, porque você não pode usar o cargo para ameaçar. E o que é mais grave ainda é que se tomou uma providência com ameaça e deixando de investigar o vereador quando era secretário Municipal de Ação Social, como recompensa a José Domingos. E isso  é uma omissão da responsabilidade e dever do prefeito”.

Por Editor1

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