Sobre a vinda das autoras, a proprietaria da Livraria Nobel e os colaboradores descreveram como simplesmente incrivel! Recebe-las após ler “Que Ninguém Nos Ouça ” e terem virado seus melhores amigos, dá a sensação de reencontrar velhas amigas, aguardando que elas nos contem as novidades mais recentes e seus planos para o futuro. Pessoas simples, porém, ambas com renome e gabarito, diverso títulos publicados, em que todos foram lidos causando a cada um maior admiração e contentamento ao recebe-lAs! a simpatia, sorriso facil e fofura (como descrito pela maioria que as recebeu) cativou a todos que estiveram presentes nesta tarde memorável.
“Que Ninguém Nos Ouça” é um livro fabuloso, que nos leva do riso às lágrimas com uma facilidade assustadora (a quem não o leu, claro). Ele nos faz pensar em como a vida é complicada a todos, em tantos pontos diferentes, cada um com sua particularidade. Duas amigas, mulheres feitas, trocando e-mails como “terapia ” de desabafo de suas aventuras, experiências, recordações e dramas cotidianos, nos envolvendo de uma maneira que nos torna participantes da trama, capazes até de dar pitaco em suas desventuras. Perguntei à Cris: “Para qual e-mail eu escrevo te contando a minha parte agora???”. Foi assim que me senti: parte da história de ambas, com sentimentos compartilhados, com vontade de dar umas dicas e pegar outras, com perguntas íntimas sobre as duas que eu me sentia no direito de questionar, como parte deste delicioso bate-papo entre amigas que se despem de qualquer máscara e se mostram como realmente são: frágeis porém batalhadoras. Fortes porém sensíveis. Admiradas mesmo com suas neuras normais a todo ser humano ou ET.
Somos levados a uma introspecção de forma leve, e da forma que mais costumamos fazer: analisando a vida alheia! Neste caso, com o consentimento de ambas. Uma, apesar de linda, ícone no mundo fashion, descolada e alto-astral, procura por um amor avassalador após várias tentativas (e acertos, claro!), mesmo com um amor incondicional em casa de seu pequeno companheiro de vida… Outra com desejos não realizados mas uma vida cheia de conquistas, independência e experiências incríveis, que causam inveja a qualquer um – mas nunca são suficientes, e todos somos assim! Em algum momento, por mais felizes que pareçamos, nos vemos angustiados com pequenices capazes de nos tirar o sono… O sorriso, até! Insaciáveis em nossas ambições.
Vemos nessas mulheres que somos todos um pouco Leilas e “Crises” – com o perdão do trocadilho á nossa querida autora! E isso nos leva a uma reflexão sobre nós mesmos que achei super válida sobre essa ansiedade nunca saciada; essa busca desenfreada por coisas que já temos ao alcance das mãos; essa angústia que no fim das contas já acho que é natural do ser humano e que nos torna eternos buscadores! Recomendo muito esta terapia a três (claro que o leitor terá grande participação nestas sessões!).