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peixeA tradicional época da Quaresma movimenta o mercado de peixes e, em Minas Gerais, as vendas, nos principais polos de produção, aumentaram em torno de 30% a 40%. Os índices foram informados pelas cooperativas e piscicultores individuais das regiões de Furnas (Sul de Minas), de Três Marias (Região Central) e dos municípios do Alto Paranaíba e Triângulo Mineiro. Os piscicultores em questão são produtores de tilápias em tanques-rede e costumam se preparar, antecipadamente, para atender a demanda desse período. “No mês de setembro, a gente aumenta a quantidade de alevinos (peixes recém saídos dos ovos) nos tanques e, no prazo de seis a sete meses, estão prontos para a venda”, aponta o presidente da Cooperativa dos Piscicultores de Morada Nova de Minas (Coopim), Onedino Pereira de Souza. A cooperativa reúne 20 piscicultores, que produzem 22 toneladas de tilápias, por mês, em tanques-rede instalados no lago da represa de Três Marias. Lá, o quilo do peixe vivo é vendido ao preço médio de R$ 5,50 para frigoríficos e comerciantes da região. Já o quilo do filé, em torno de R$ 25. Mesmo com a boa oxigenada dada pela Quaresma no mercado de peixes da região, o presidente da Coopim aposta no negócio como investimento constante, com perspectiva de futuro.“O custo da produção ainda é um desafio para o setor, mas existem compensações, como o fato de o empreendimento dar retorno rápido. Além disso, existem possibilidades de crescimento do mercado porque os brasileiros estão consumindo mais peixe o ano todo”, conclui.

Mercado em Minas

Dados do IBGE mostram que Minas Gerais produziu, em 2014, cerca de 16,5 mil toneladas de peixe, movimentando aproximadamente R$ 98,5 milhões. No estado, o maior polo produtor é a represa de Três Marias, com a criação de tilápias em tanque-rede. De acordo com diagnóstico da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), divulgado em 2015, a região possui cerca de 100 piscicultores de pequeno e médio porte. A produção anual na represa chega a 9 mil toneladas e a comercialização do peixe in natura é estimada em R$ 50 milhões por ano. Considerando toda a cadeia produtiva (venda de ração, criação e comércio de alevinos, processamento), o volume de recursos que o setor movimenta, anualmente, ficaria em torno de R$100 milhões

Por Editor1

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