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transitoO número de indenizações pagas pelo seguro DPVAT diminuiu 15% em 2015, na comparação com o ano anterior, segundo informou esta semana a Líder-DPVAT, que administra o consórcio de seguradoras. É a primeira vez desde 2008, quando a Líder-DPVAT assumiu a administração do seguro, que há queda conjunta nos números de indenizações por morte, reembolso e invalidez. Nos 2 últimos anos, os ressarcimentos por morte vinham caindo sozinhos. No total, em 2015 foram pagas 652.349 indenizações, somando R$ 3,38 bilhões em reembolsos de despesas hospitalares, invalidez permanente ou morte para vítimas de acidentes de trânsito no Brasil. Em 2014, os ressarcimentos chegaram a 736 mil, totalizando R$ 3,9 bilhões, enquanto em 2013 o número foi de 633 mil indenizações. A arrecadação do seguro pago pelos proprietários de veículos somou R$ 8,65 bilhões, com 61,3 milhões de proprietários em dia com o pagamento. Por lei, metade desse dinheiro vai direto para o Sistema Único de Saúde (SUS) e para o Denatran. Um lucro de R$ 101,5 milhões, após impostos, foi distribuído às 78 seguradoras que operam no consórcio. De acordo com Ricardo Xavier, diretor-presidente da Líder-DPVAT, a diminuição no número de indenizações ocorreu devido a fiscalização mais dura, queda no número de veículos vendidos e conscientização sobre o uso de equipamentos de segurança. “Começamos a ver um pequeno avanço, no entanto, o número de indenizações é muito grande se comparado a outros países”, afirmou Xavier. O número de mortes cai há pelo menos 2 anos, em parte pelas melhorias nos automóveis, como airbag e freios ABS, afirmou o executivo. Os acidentes com motocicletas respondem pela grande maioria das indenizações, com 497 mil, ou 76% do volume total. Os motociclistas também estão sujeitos aos acidentes mais graves: 83% das indenizações foram por algum tipo de invalidez permanente e 4% foram por morte.  De acordo com a Líder-DPVAT, 51% dos sinistros envolveram pessoas de 18 a 34 anos. A região Nordeste é a que mais concentra indenizações, com 213 mil (33%), mesmo sendo apenas a terceira maior região em tamanho de frota (16,9%). A região Sudeste, que tem a maior frota (49,2%), respondeu por 29% dos pagamentos do DPVAT. Para Xavier, a concentração de indenizações no Nordeste se deve ao maior percentual da frota de motocicletas, que somam 61% dos veículos em circulação. No Sudeste, as motos são 38%. A seguradora Líder começou em 2015 uma campanha para evitar fraudes, que acontecem quando uma pessoa diz que sofreu um acidente de trânsito, mesmo quando na verdade foi em uma partida de futebol ou uma queda na escada. Estima-se que as fraudes representem de 1,3% a 1,5% do total. Segundo a empresa, a maior parte delas ocorre por causa de atravessadores, que convencem a pessoa a entrar com pedido de indenização e acabam ficando com parte do dinheiro. A solicitação do seguro pode ser feita de forma gratuita por qualquer pessoa em um dos cerca de 8 mil postos de atendimento da Líder-DPVAT, ou então em agências dos Correios.  O requerente deve apenas reunir os documentos necessários e preencher o pedido. O seguro DPVAT (Danos Pessoais causados por Veículos Automotores de Via Terrestre) cobre casos de morte, invalidez permanente ou despesas com assistências médica e suplementares (DAMS) por lesões de menor gravidade causadas por acidentes de trânsito em todo o país. O recolhimento do seguro é anual e obrigatório para todos os proprietários de veículos. A data de vencimento é junto com a do IPVA, e o pagamento é requisito para o motorista obter o licenciamento anual do veículo. O pagamento para beneficiários de vítimas fatais é de R$ 13.500. Nos casos de invalidez permanente, o pagamento pode chegar a R$ 13.500, de acordo com a gravidade das lesões. Já o reembolso hospitalar e médico pode chegar a R$ 2.700. Vítimas e seus herdeiros (no caso de morte) têm um prazo de três anos após o acidente para dar entrada no seguro. Informações de como receber o DPVAT podem ser obtidas pelo telefone 0800-022-1204.

Por Editor1

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