A unidade de Araxá, como as outras instituições, está em greve desde o dia 17 de maio e quer uma solução mais rápida do governo para a volta às aulas.

Alunos e professores da unidade do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet) de Araxá fizeram uma marcha na última segunda-feira, 2, para pressionarem o governo federal a negociar com o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) pela volta às aulas. O governo prometeu negociar com os professores, visando a melhorias para esses profissionais, mas o acordo não foi feito por causa do Encontro Rio+20. Depois desse evento, os representantes desse sindicato alegam que o governo não entrou mais em contato com eles para negociar sobre a atual situação dos professores.

De acordo com o professor Sérgio Luiz Pathan, que organizou a marcha, essa situação é atípica, porque a maioria das instituições federais aderiu ao movimento. “Nossa reivindicação é para que direcionem 10% do PIB para a educação. Queremos também a estruturação da carreira, deixar bem claro como vai ser a progressão, e que abra concurso para novos professores”, disse.

Alunos e professores do Cefet estão em greve desde o último dia 17 de maio. O diretor da unidade do Cefet Araxá, Vicente Donizetti, afirmou que a greve atrapalha toda a programação da instituição até o fim do ano. “Nós teremos que repor as aulas mais para frente e, para os alunos e professores, isso é muito ruim. Não estamos pensando passar quem vai formar em agosto para o fim do ano. Inclusive, a comissão de formatura da Engenharia de Automação Industrial encaminhou um documento para a diretoria geral para que a cerimônia ocorra no mês de agosto, sem prejuízo, até porque os formandos já firmaram compromisso com salão de festas, bufê, dentre outras coisas que, se não ocorrer, gera multa”, comentou.

Na manifestação da última segunda-feira, cerca de 50 alunos e professores estiveram nesse protesto. Eles ainda não têm previsão de retorno às aulas.