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Ima MGMinas Gerais é o terceiro maior produtor nacional de bananas, respondendo por 11% do volume brasileiro, o equivalente a cerca de 775 mil t/ano. Para manter essa posição no ranking nacional e ampliar mercados, inclusive o internacional, o estado se mantém vigilante quanto à presença da sigatoka negra nas lavouras, uma praga que dizima plantações ao atacar as folhas das bananeiras. A maior parte da produção mineira de banana se concentra em 102 municípios das regiões do Triângulo Mineiro, Norte, Noroeste, Nordeste, Sul, Zona da Mata e Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). Em 86 deles nunca houve registro da praga e, por isso, são reconhecidos pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa) como área livre da praga. Nos demais 16 municípios as últimas ocorrências foram registradas em 2006.  O Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) solicitará em 2016 ao Mapa o reconhecimento da ausência da praga nas lavouras destes municípios,  o que levará todo o estado a ser considerado  como área livre de sigatoka negra. Isto porque o Mapa exige, por meio da Normativa nº 04/2012, um período de 10 anos sem registros de ocorrências para considerar a praga erradicada em determinada região ou município. Vinculado à Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), o IMA é o órgão responsável por fazer a  vigilância e a fiscalização da produção e transporte da fruta em Minas. O gerente de Defesa Sanitária Vegetal do IMA, Nataniel Diniz Nogueira, ressalta que a erradicação da praga tornará Minas um dos 11 estados brasileiros livres da sigatoka negra. “Esse reconhecimento irá reduzir barreiras comerciais e sanitárias, possibilitando a Minas ampliar a venda da fruta para outros mercados, inclusive, o internacional. Será o resultado de todo o trabalho realizado pelo IMA ao longo dos anos, incluindo o rígido controle das áreas de produção e do transporte das frutas através da certificação”, argumenta. O gerente explica que o IMA realiza nas plantações levantamentos fitossanitários e coleta de amostras de folhas que são enviadas para análise laboratorial,  fazendo também  o acompanhamento dos pomares. A cada três meses o Instituto envia relatórios ao Ministério da Agricultura, informando o resultado dos levantamentos, das análises laboratoriais e da situação da praga no território mineiro. Os engenheiros agrônomos autônomos habilitados pelo IMA têm papel determinante no processo de certificação fitossanitária de origem em relação ao controle da praga. Todas as informações recolhidas pelos profissionais são anotadas no livro de acompanhamento da lavoura e servem de base para a emissão do Certificado Fitossanitário de Origem e do Certificado Fitossanitário de Origem Consolidado (CFO/CFOC). Estes dois documentos atestam que determinada plantação está livre da praga e servem de base para a emissão de um outro documento, a Permissão de Trânsito Vegetal (PTV), que libera o produto para ser transportado. O IMA realiza cursos de capacitação sigatokanegrapara engenheiros agrônomos e florestais, inclusive os  da Emater-MG, que podem, assim, emitir o CFO e o CFOC. A lista com os endereços e telefones dos 212 escritórios do IMA para obtenção da PTV e dos profissionais habilitados pelo Instituto para emitirem o CFO/CFOC pode ser consultada no site do instituto: www.ima.mg.gov.br.

Por Editor1

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