Logo Jornal Interação

michael-horn-detrot-reuters_ZNL6Pn0A apresentação Volkswagen no Salão de Detroit, esta semana, focou em SUVs e na promessa de resgatar “o amor dos americanos” à marca, após o escândalo dos motores a diesel. Sem declarações do novo “chefão” mundial do grupo, Matthias Müller, que só falou no evento da véspera, coube ao presidente da Volkswagen para a América do Norte, Michael Horn, iniciar os pedidos de desculpas no salão. Horn ganhou notoriedade ao dizer, dias após a acusação de fraude contra a Volkswagen estourar, em setembro passado, uma frase drástica: “Ferramos tudo”. Mais contido, Horn retomou o assunto na mostra de Detroit, anunciando a ampliação do programa de compensação para os donos de carros afetados, agora englobando o modelo Touareg. Desde novembro, a Volkswagen aferece aos clientes que tenham carros com motor TDI um cartão com US$ 500 de crédito para livre uso e mais US$ 500 para serem usados na concessionária. “Até esta manhã, precisamente, 265 mil clientes já se inscreveram, e 145 mil já receberam os cartões”, afirmou Horn. O executivo divulgou ainda que o grupo contratou o “renomado advogado Kenneth Feinberg”, para conduzir um programa de acordos extra-judiciais “com clientes que desejam uma compensação financeira adicional”. É uma ação semelhante à que a General Motors tomou no caso das mortes ligadas ao problema da ignição de alguns de seus carros. “Queremos fazer isso direito, do jeito americano”, resumiu Horn. A cúpula do grupo Volkswagen está nos EUA para se reunir com a agência ambiental do país (EPA), que foi quem lançou a denúncia contra a marca, no ano passado. O objetivo é conseguir a aprovação da proposta da empresa para reparar os veículos que, por meio de um programa de computador, burlam resultados de testes de emissão de poluentes. Na realidade, eles têm níveis de emissão muito acima do declarado. “Na Europa, já desenvolvemos soluções aprovadas para cerca de 8,5 milhões de carros afetados, que estão sendo implementadas agora. E estamos confiantes de que teremos soluções aprovadas para os tiguan-gte-active-g1consumidores americanos também”, afirmou Herbert Diess, presidente da marca Volkswagen, também no salão. No estopim do escândalo, a companhia admitiu que 11 milhões de carros do grupo tinham o software que realizava a fraude. Desses, 500 mil estariam nos EUA. Horn, presidente da Volkswagen América do Norte, admitiu que o problema com os motores a diesel refletiram no resultado do grupo em 2015, “com a interrupção voluntária das vendas dos veículos desse tipo”. Porém, afirmou que o nível de emplacamentos no mercado americano ficou estável e o lucro dos concessionários daquele país subiu significativamente em 2015, “com ações que tomamos antes do problema do TDI e depois”. Entre destaques do ano, ele citou a alta de 94% nas vendas da família Golf sobre 2014, com mais de 65 mil unidades emplacadas no mercado americano, e recorde do SUV Tiguan, com quase 35 mil emplacamentos no país, 43% a mais do que em 2014.  Volkswagen não reservou nenhum lançamento de peso para Detroit. Pelo terceiro salão seguido, enfatizou a nova geração do Tiguan, “cuja produção começou há poucos dias, na Europa”, reforçou Horn. Para o mercado americano, o modelo será alongado, com 7 lugares, e será lançado somente em 2017. No salão, a montadora mostrou mais um conceito do SUV, desta vez um híbrido, com 1 motor a combustão e 2 elétricos, chamado GTE Active. “O maior objetivo para 2016 é recuperar a confiança na nossa marca. E estamos redifinindo a Volkswagen para o futuro, em termos de estratégia, produtos e tecnologias. Estamos criando uma nova Volkswagen”, resumiu Diess, que dirige a marca. Ele lembrou que o ano começou para a Volkswagen na CES, em Las Vegas, onde foi revelado o conceito Budd-e (espécie de nova Kombi, com motor elétrico). A montadora criou o conceito com uma plataforma inédita, voltada especificamente para carros elétricos, o novo foco da marca. Citando a Kombi, Diess disse: “Pode parecer ambicioso natiguan-gte-active-g1-2situação atual, mas queremos reacender o amor dos americanos pela Volkswagen”. O executivo anunciou uma ofensiva no segmento de SUVs, com o lançamento de um novo modelo de utilitário médio ao fim do ano, produzido nos EUA, e o lançamento do Tiguan de 7 lugares em 2017. “E há muitos outros SUVs por vir. Até o fim da década, teremos um SUV em cada uma das principais categorias”, prometeu. “Carros premium por um preço acessível, esta é a essência da Volkswagen.”

Por Editor1

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *