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Sobre microcefalioa em MG 1A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) realizou na semana que passou, no auditório da Fundação Ezequiel Dias (FUNED), coletiva de imprensa sobre os casos de microcefalia notificados em Minas Gerais. Desde o dia 11 de novembro o Ministério da Saúde estabeleceu que a microcefalia deve ser tratada como evento de emergência de saúde pública, tornando obrigatória a notificação dos casos no país. A partir desse período, a SES-MG notificou 11 casos no estado, sendo um em Uberlândia, dois em Contagem, um em Congonhas, três em Belo Horizonte, dois em Montes Claros, um em Ponte Nova e um em Curvelo. Os casos estão em investigação. O Superintendente de Vigilância Epidemiológica, Ambiental e Saúde do Trabalhador da SES-MG, Rodrigo Said, explica que os casos estão sendo investigados para a determinação da causa da microcefalia, que pode estar ou não associada ao Zika vírus. “Até o momento nós não temos identificação de um surto de microcefalia em Minas Gerais e os casos registrados em 2015 estão dentro da normalidade esperada para o ano. O diagnóstico laboratorial da microcefalia não é realizado exclusivamente para o Zika vírus. Existe um painel de doenças que estão sendo pesquisadas neste momento, como toxoplasmose, rubéola, sífilis, entre outras”, afirma Said. Para o monitoramento da entrada do Zika vírus em Minas Gerais e em consequência aos casos de microcefalia ocorridos nos estados do Nordeste, a SES-MG está cumprindo os protocolos do Ministério da Saúde e reativando a vigilância sentinela, que são equipes das unidades de saúde tecnicamente treinadas para identificar os sintomas agora ligados ao Zika vírus e encaminhar para a análise. As unidades estão distribuídas estrategicamente nos municípios de Uberaba, Belo Horizonte, Montes Claros, Teófilo Otoni, Juiz de Fora e Pouso Alegre. Além de Minas Gerais não ter confirmado casos de microcefalia associados ao Zika vírus, não há, até o momento, circulação do vírus no estado. Após a notificação, inicia-se um processo de investigação, conforme o protocolo estabelecido pelo Ministério da Saúde. A primeira etapa desse protocolo é um questionário de investigação da gestante. De acordo com as informações coletadas, é atribuído se essa gestante encontrava-se em situação de risco, ou seja, se ela estava em alguma área de transmissão do Zika vírus, ou se ela apresenta algum dos outros fatores associados à microcefalia, como o uso de substâncias químicasmosquito ou processos infecciosos, causados por bactérias ou vírus. As doenças Dengue, Chikungunya e Zika vírus são transmitidas pelo mesmo mosquito, o Aedes aegypti. Portanto, combater o mosquito é a forma de evitar as três doenças. A microcefalia não é um agravo novo. Trata-se de uma malformação congênita, em que o cérebro não se desenvolve de maneira adequada. Neste caso, os bebês nascem com perímetro cefálico (PC) menor que o normal, que habitualmente é superior a 33 cm. Esse defeito congênito pode ser efeito de uma série de fatores de diferentes origens durante a gestação, como exposição a drogas, álcool e certos produtos químicos, desnutrição grave, agentes biológicos (infecciosos), como bactérias, vírus e radiação. Dependendo do grau da doença, a criança pode apresentar deficiência mental, problemas de visão, auditivos, convulsões e dificuldades de locomoção. Cerca de 90% das microcefalias estão associadas com retardo mental, exceto nas de origem familiar, que podem ter o desenvolvimento cognitivo normal. O tipo e o nível de gravidade da sequela vão variar caso a caso. Tratamentos realizados desde os primeiros anos melhoram o desenvolvimento e a qualidade de vida. Durante a gestação é necessário proteger-se das picadas de insetos. É importante que a gestante evite horários e lugares com presença de mosquitos; sempre que possível utilize roupas que protejam partes expostas do corpo; permaneça, principalmente, no período entre o anoitecer e o amanhecer, em locais com barreiras para entrada de insetos como: telas de proteção, mosquiteiros, ar-condicionado ou outras disponíveis; consulte o médico sobre o uso de repelentes e verifique atentamente no rótulo a concentração do repelente e definição da frequência do uso para gestantes. Se houver qualquer alteração no estado de saúde da gestante, principalmente no período até o quarto mês de gestação, ou na persistência de doença pré-existente nessa fase, o fato deve ser comunicado aos profissionais de saúde (médicos obstetras, médico ultrassonografista e demais componentes da equipe de saúde) para que tomem as devidas providências para acompanhamento da gestação.Microcefalia 2

Por Editor1

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