Dois novos medicamentos para a Hepatite C (sofosbuvir e daclatasvir) que de acordo com pesquisas cientificas comprovadas aumentaram as chances de cura dos pacientes e diminuem o tempo de tratamento da doença, começaram a ser distribuídos de graça na semana passada, na rede pública de saúde pelo Ministério da Saúde.  Além disso, esses dois medicamentos irão atender cerca de 80% dos pacientes que irão utilizar dessa nova terapia, que também utilizará o simeprevir, que está com distribuição prevista para dezembro. Beneficiando os pacientes que não podiam receber os tratamentos oferecidos anteriormente, ao todo serão beneficiadas 30 mil pessoas em um período de um ano. E, conforme lembrou Marcelo Castro, ministro da Saúde, a Hepatite C, atualmente, acomete cerca de 1,4 milhão de brasileiros.  Ele disse ainda que agora com essas drogas revolucionárias, o Brasil está em uma posição de vanguarda no tratamento e que nenhum brasileiro que preencher o protocolo da Organização Mundial da Saúde ficará sem receber seu tratamento. De acordo com Antônio Carlos Nardi, secretário de Vigilância em Saúde, disse que esse protocolo de tratamento para a Hepatite C, anunciado em julho deste ano, tiveram as doses entregues ao almoxarifado do ministério, que começam a ser distribuídas hoje. Porém, a redistribuição para os municípios irá depender das secretarias estaduais de saúde. No total, o investimento para oferecer esses três medicamentos ao SUS (Sistema Único de Saúde), de acordo com o ministério, é de quase R$ 1 bilhão e o custo por tratamento é de cerca de US$ 9 mil. Oferecido na rede pública desde 2012, o tratamento para Hepatite C é composto por dois esquemas terapêuticos – as terapias dupla e tripl, a com o interferon peguilado – e têm duração de 48 semanas. Só nos últimos 13 anos, foram confirmados 120 mil casos da doença no Brasil e foram realizados mais de 100 mil tratamentos. Atualmente, 10 mil casos são notificados todos os anos no país. Estima-se que a doença seja responsável por 350 a 700 mil mortes ao ano em todo o mundo, sendo 3 mil delas no Brasil. Ainda de acordo com o ministério, a Hepatite C é uma doença com poucos sintomas, que teve na década de 80 as causas mais comuns de infecção na década de 80, relacionadas com as transfusões de sangue e as infecções hospitalar, porém, essa contaminação também pode ocorrer através do compartilhamento de objetos de uso pessoal e para o uso de drogas.