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Maria Cármem Ávila de Paiva

1//11/2015- 17:30

PorEditor1

nov 1, 2015

 

IMG_3962Sabe aquele friozinho na barriga que a gente sempre sente antes de embarcar para viajar?

Pois é exatamente assim que estou me sentindo agora, ao iniciar essa coluna. Espero que seja o começo de uma longa e inesquecível viagem.

A proposta é falar sobre minhas experiências “turistando” por aí, descrever situações inesperadas, contar histórias de pessoas que conheci, sugerir roteiro para algum feriado que está por vir, planejar as próximas férias…

Já viajei muito e quero viajar mais ainda… E, nessa, quero te levar junto. Vamos???

Hoje vou falar sobre minha última viagem para fora do país. Fui com minha irmã e cunhado para Paris, Bruxelas e Amsterdã, no início de maio desse ano. Imaginem o cenário lindíssimo, somado ao fato de ser primavera na Europa. Flores para todos os lados. Um clima ameno, mais para frio, segundo as previsões. Se bem que, na Capital Francesa, chegamos a usar regatas e, na Belga, lamentei não ter levado rasteirinha. Ficava imaginando o que faríamos com os quilos a mais que tínhamos levado de roupa de frio, afinal de contas, fazer mala definitivamente nunca foi o meu forte. Até que, em Amsterdã… Um gelo… Um vento que cortava. Minha irmã quase sofreu hipotermia. Pronto, pudemos usar nossos mantôs, gorros, casacos, cashmeres…

Ah, Paris… Essa não foi a minha primeira vez lá… E espero que não seja a última. Ainda quero passar bastante tempo na Cidade Luz! É um lugar encantador! Certa vez, em uma conversa com um amigo, ele me disse um conselho que já tinha ouvido de alguém: “se for a Europa uma vez, não vá a Paris, senão nada mais terá graça”. Concordo que lá é bem peculiar, tem algo que fascina e inspira. A “Torre Eiffel” hipnotiza e, foi lá que tive uma das experiências mais marcantes da minha vida. Imaginem um gramado verdinho e jovens e mais jovens do mundo inteiro sentados ali. Uns sozinhos, outros em grupos. Alguns comiam, muitos bebiam, e todos ouvíamos uma música de um rapaz que ali cantava , tocava violão e falava palavras de liberdade .   De repente, um homem corre para baixo da Torre, ajoelha e pede a mão da namorada em casamento. Não me lembro da língua que usou, mas todos entendemos aquele gesto de romantismo que inspira até o mais cético dos mortais. Já era noite, mas lá escurece tarde, por volta das 22 horas. E é nesse momento que aquela maravilha ilumina-se todinha e, nos primeiros dez minutos de cada hora, brilha.  Incrível presenciar tal fato. O que já era lindo fica mais maravilhoso ainda. Poderia passar dias e dias ali… Quem sabe um dia?

Sabe aquele conselho, de não ir a Paris, porque nada mais encantaria depois? Pois é, aceito em partes. Concordo que Paris é Paris e nada se compara a ela. Mas, tenho que admitir que o mundo é cheio de particularidades e, até o lugar que a gente não dá nada por ele, tem sua graça, seu charme e sua magia. Foi assim com Bruxelas. Não esperávamos nada da cidade, tanto que colocamos apenas dois dias no roteiro. Mas, nos surpreendemos positivamente. Na realidade, eu só esperava isso: uma praça tampada por um tapete de flores. Imagine o tamanho da minha decepção quando descobri que ele só é feito de dois em dois anos , geralmente no mês de agosto. Fiquei frustrada , mas aprendi que é melhor pesquisar direito antes de fazer as malas e partir para qualquer lugar. Pois bem, a tal praça – “Grand Place” – do tal tapete, não tinha tapete, mas era belíssima tanto de dia, quanto à noite, quando os prédios ao redor recebiam iluminação colorida. Não é atoa que é considerada Patrimônio da Humanidade pela UNESCO. Com certeza, um lugar acolhedor . As grandes praças das cidades europeias costumam ser assim:  cercadas de prédios antigos e, no centro, pessoas  sentam no chão , tomam cafés, comer, tiram “selfies” ou transitam por ela. Aproveitei para fazer o mesmo. Enquanto meus companheiros de viagem foram comprar chocolates, resolvi ficar sentada no centro da praça. Percebi de tudo um pouco e principalmente uma coisa: que fiquei sozinha até minha irmã e meu cunhado voltarem, mesmo com alguns grupos por perto. Comentei isso com um DJ brasileiro que conheci no famoso Bar Delirium ( aquele, recordista em variedades de cervejas) e que vive em Bruxelas há muitos anos. Ele me disse que sente bastante falta do calor humano brasileiro e que pretende voltar. Nós começamos a conversar porque eu o abordei. E , então, me falou: um europeu jamais faria isso. Não sei até que ponto isso é real ou se é saudade que ele sente do Brasil. Mas, uma coisa é certa: não existe povo como o da nossa terrinha.

Mesmo que não exista, vamos viajar mais um “cadinho” ? Que tal irmos para Amsterdã?  Então, vamos na próxima, ok ? Beijos, fiquem com Deus e bom final de semana !IMG_3966 IMG_3967 IMG_3968

Por Editor1

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