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Há três meses o JORNAL INTERAÇÃO, acompanhou de perto as atividades e algumas ações desenvolvidas, por cerca de 40 artesãos, artistas, prestadores de serviços e gente de Araxá, que têm como ofício a arte e o talento de fazer bem e valorizar os produtos da terra. Essa turma simples, humildade, sofrida, mas trabalhadora e persistente, faz parte da ACATA – Associação Feira Shop de Araxá. Uma ideia que nasceu graças ao esforço, talento e crença no trabalho, como é o caso de dona Terezinha Mariana Bento de 62 anos, que montou na ‘ferinha’, uma barraca de tapioca, cuidada por ela e toda família. Emocionada ao falar da Associação, dona Terezinha revela que, “ ter a oportunidade de trabalhar aqui na ‘feirinha’, foi muito bom para mim e toda minha família. Graças à Deus, nossa vida melhorou muito aqui. Além da tapioca, nós também servimos refeições. Pela manhã tem o tradicional pão de queijo caipira que faz o maior sucesso entre os fregueses. E o mais importante de tudo é que além do dinheiro sagrado que ajuda a sustentar a casa, eu e o meu marido renascemos de novo”. Neste momento dona Terezinha quase não contém a emoção. Ela para de falar por um instante, mas continua com os olhos cheios de água e coma a voz ainda tremula; “Meu marido antes da ‘feirinha’, só ficava em casa na frente da televisão o dia todo sem fazer nada e muito deprimido. Nós viemos para cá no dia 19 de abril de 2014 e a partir daí, tudo mudou pra melhor. Essa ‘feirinha’ foi uma terapia boa demais para ele.” A ACATA, ou a ‘feirinha’, como é carinhosamente tratada pelas famílias que lá tiram o sustento de casa e ganharam dignidade mesmo que ainda no outono da vida, fica bem no coração de Araxá. Ela está localizada naquele espaço, no fundo do prédio que sediava o Procon-Araxá e o Museu da Imagem e do Som, no calçadão da rua Presidente Olegário Maciel, 143 ( onde funcionava nos idos anos 1990 a agência local do extinto Banco Nacional. A Associação, que nasceu no ano passado e valoriza os serviços e produtos artesanais dos artistas e talentos de Araxá, além ser um espaço centralizado com opções diversas de produtos artesanais e presentes para turistas, visitantes e o povo de nossa cidade, ainda, tem um poder muito especial de transformar vidas, movimentar a economia informal, sustentar famílias, resgatar alto estima de jovens, crianças, idosos e de terapia e remédio para muita gente que estava doente, com depressão, no fundo do poço. Uma das idealizadoras e coordenadora da ACATA, Luzia Doralice Monteiro, se entusiasma e com fôlego juvenil, diz que, “ o mais importante, é que essa sementinha plantada com tanto sacrifício, germinou e se tornou realidade. Hoje, são 40 famílias que dependem e vivem da nossa ‘feirinha’. Aqui, além dos produtos, serviços, artesanato da terra, nós também conseguimos implantar um setor de alimentação bem diversificado e que deu muito certo.” Luzia acrescenta porém que, “ o artesanato ainda é o carro chefe do projeto. O bacana é que são os próprios vendedores e seus familiares que trabalham, produzem e criam seus produtos e artesanato. A Associação, mesmo com dificuldade ainda consegue promover cursos de artesanato, capacitação, gestão comercial e empresarial e de qualidade no atendimento”. Para a coordenadora executiva da ACATA, Luzia Doralice, “ aqui o mais importante é a valorização da arte, cultura, dos produtos da terra e resgate do artesanato e dos ofícios passado de geração em geração quase extintos. A nossa ‘feirinha’, oferta com exclusividade produtos, serviços, culinária tradicional de Minas e artesanato diversificado que tem a marca registrada de Araxá e região, como bordado em pedraria. A ACATA é uma feira de arte, talento, da força da família e principalmente de realização de sonhos quase impossíveis de gente simples, humilde que precisava de apenas uma chance como esta para mostrar a maravilha de seu trabalho artesanal.” Andar pela ‘feirinha’ e bater um papo amistoso com cada um de seus integrantes, é uma oportunidade única de descobrir histórias reais, verdadeiras e emocionantes, como da dona Maria Regina Costa Monteiro de 52 anos. Ela conta que, “ essa feira é uma benção pra gente. É daqui que a gente tira o sustento sagrado da família e ainda ocupa o tempo ocioso. Aqui nós nos sentimentos úteis e valorizados como gente e profissionais. Eu trabalho com artigos e presentes religiosos, imagens, santos, crochê, pintura, pedraria e arraiolo. Eu fui a primeira a chegar aqui e acreditar no projeto. Eu comecei a trabalhar na ‘feirinha’, no dia 22 de dezembro de 2013 e graças a Deus tudo que plantamos com trabalho, respeito e fé, estamos colhendo em dobro.” A coordenadora da Associação Luzia Doralice, conta que, “ essa gente, além de ter arte, talento e muita honestidade, trabalha aqui com dedicação integral de corpo e alma. Eles estão aqui de segunda a sábado trabalhando com alegria e sorriso no rosto”. Luzia explica ainda que, “ o espaço que era ocioso aos poucos foi transformado, estruturado e adequado para receber o turista, o visitante e toda comunidade de Araxá. Aqui, temos área de lazer, banheiros, muita segurança. Quem chega aqui, fica encantado com as opções, coma estrutura e limpeza do lugar.” Este local esteve ocioso por muito tempo, era um lote vago, cheio de mato e mosquito da dengue. Então a gente resolveu criar o projeto da ACATA que visa despertar, incentivar os talentos da cidade, promover os artistas locais e seus produtos, dando oportunidade de renda, trabalho e valorização do ser humano. Sem dúvida eu me sinto muito orgulhosa de participar da criação e gestão da ACATA, pois se trata de um projeto especial que além de promover a arte e os ofícios locais serve de sustento para muitas famílias de nossa cidade”. Para Ernane Ribeiro que é dono de uma loja de livros espíritas, “ é um espaço muito importante, pois aqui podemos ofertar às pessoas artigos e livros voltados para a doutrina da alma. Além do trabalho e das obras a gente também interage com outras pessoas levando e recebendo boas vibrações para o equilíbrio da vida”. Para dona Maria Abadia de Oliveira de 62 anos, a ‘feirinha’, “ é uma bênção, aqui eu troquei os remédios e a depressão pelo trabalho e a convivência com os amigos e clientes. Prá mim foi uma maravilha, pois estou aqui desde o dia 20 de janeiro de 2014 e a cada dia minha vida melhora mais. Aqui a gente convive com pessoas especiais que nos ensinam e aprendem com a gente. Hoje além de estar curada e feliz, eu como artesã posso dizer que tenho endereço fixo e dignidade.” As histórias emocionantes, fé, trabalho e solidariedade da ACATA, são dignas de lições de positivas de vida para muita gente. Finalizando Luzia Doralice, fala que, “ o nosso maior sonho é tornar a Associação em utilidade pública municipal, estadual e federal. Assim sendo, poderemos conseguir verbas de apoio e incentivo para ampliar e melhorar a ACATA e adquirir esse espaço para a nossa Associação que tem um valor muito especial, pois transforma, valoriza e consegue dá sentido à vida de muita gente.”

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Por Editor1

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