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O alerta vermelho foi ligado mais uma vez na FADA – Associação de Assistência à Pessoa com Deficiência de Araxá. Esta semana, a reportagem do JORNAL INTERAÇÃO esteve na entidade e conversou sobre a crise financeira que assola a Fada, com a diretora administrativa da instituição, Maria da Conceição Aguiar Santos, a Cota. Segundo ela, “problema a gente tem todos os anos, mas agora a situação se complicou, porque, devido à transição no governo municipal, as mudanças nos Conselhos Municipais acabaram atrasando os projetos e programas que são voltados para a destinação de recursos para a nossa  entidade. A troca na área governamental dos Conselhos Municipais do Idoso, da Assistência Social e da Criança e Adolescente causaram uma tragédia no andamento desses repasses, que são fundamentais para a nossa sobrevivência.”  Hoje a Fada oferta totalmente de graça à comunidade diversos atendimentos na área clínica. A entidade tem por finalidade atuar na reabilitação de pessoas com deficiência tanto permanente quanto temporária. A média de atendimento é de 6 mil pessoas por mês. Ainda de acordo com Cota, “a entidade oferece  um excelente serviço de fisioterapia e também disponibiliza atendimentos de hidroterapia, hidroginástica, além de fonoaudióloga e audiometria. Nós ainda oferecemos a reabilitação psicológica através da psicologia e psicopedagogia, integração social com oficinas de trabalhos diversos e esportes adaptados”. A entidade, além de referência no setor clínico de reabilitação, também desenvolve regularmente ações e atividades importantes voltadas para a conscientização, a acessibilidade, a inclusão escolar com aulas de libras e braile. “Nós temos, sim, que lutar para modificar as atitudes e o meio físico de Araxá, para que tudo esteja sempre preparado para receber e dar oportunidades para os deficientes”, diz Cota. Atualmente a  FADA tem 53 funcionários na clínica e 33 no serviço do estacionamento da zona azul. Segundo Cota, “no início do ano, os salários dos funcionários da Fada ficaram atrasados por 3 meses. Agora já estamos com dois meses e meio de salários atrasados de novo. A folha de pagamento nossa gira em torno de 35 mil, só na clínica. No serviço da zona azul, que deveria ser a ferramenta que iria sustentar a Fada, temos uma queda de mais de 60 por centro, porque os motoristas não querem pagar  pelo serviço.  Na teoria, a Zona Azul, criada no ano de 2002, deveria render por mês em torno de 180 mil reais, mas hoje arrecadamos em torno de 60 mil reais  e temos que pagar mais de 55 mil reais com despesas e funcionários.” Ela também garante que “sempre tivemos muitas dificuldades financeiras; o Estacionamento Rotativo passa por uma crise enorme nos últimos  meses. O pior é que nós estamos entrando no oitavo mês do ano de 2015, e ainda não foi repassada nenhuma verba proveniente desses três conselhos municipais para a Fada. A entidade sempre contou com essa subvenção, mas ela  ainda não veio.  A Fada já tem mais de 3 décadas de existência e é uma entidade reconhecida como de utilidade pública, tanto no âmbito municipal, assim como estadual e também federal. Nós atendemos regularmente 250 idosos e 208 crianças, além dos adultos transitórios.  A missão da FADA é reabilitar, promover, alfabetizar e reintegrar pessoas deficientes de qualquer idade, além de profissionalizar e resgatar o sentimento de utilidade, valor e cidadania dos deficientes de Araxá, mas se as coisas não mudarem, vamos ser obrigados a fechar as portas e encerrar nossas atividades  no final deste mês de julho”, concluiu Cota.

Por Editor1

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