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Dia Mundial do Diabetes

14//11/2014- 16:02

PorEditor1

nov 14, 2014

No dia 14 de Novembro comemora-se o Dia Mundial do Diabetes, a campanha tem o objetivo de fazer as pessoas pensarem nessa doença, que pode não apresentar sintomas por anos após a sua instalação. Por esse motivo, cerca de metade dos diabéticos não sabe que tem a doença. Recomenda-se que todas as pessoas com mais de 45 anos façam pelo menos um exame de glicemia a cada três anos. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado podem evitar graves consequências à saúde.

Uma alimentação saudável, a prática regular de exercícios físicos e a educação em diabetes são os pilares de um tratamento de sucesso, e podem reduzir muito o risco de complicações pela doença.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 8 % da população mundial é diabética, e este índice vem crescendo assustadoramente devido aos hábitos de vida atuais, como estresse e obesidade.

Pelas estatísticas, estima-se que em Araxá e região existam cerca de 11 mil pessoas diabéticas, muitas das quais ainda não sabem que portam a doença. Outro dado estatístico importante e recentemente publicado é que em dez anos de diabetes, cem por cento dos pacientes já portam algum grau de doença ocular (retinopatia diabética), embora poucos sintam sintomas no início da doença. A diabete é a maior causadora de cegueira no mundo entre as idades de 20 a 70 anos.

OLHO X DIABETES

Na visão, quando o diabetes não está bem controlado, podem ocorrer hemorragias na retina, o que poderia causar descolamento ou ruptura da mesma, necessitando tratamento cirúrgico, e em alguns casos piores, até causar a cegueira.

Atualmente, existe um exame específico para avaliação dos vasos sanguíneos retinianos, possibilitando identificar exatamente aqueles vasos debilitados que necessitam tratamento à laser ( fotocoagulação ). Trata-se do exame ANGIOFLUORESCEINOGRAFIA,

No qual o paciente recebe uma pequena dose de contraste venoso ( 4 ml de fluoresceina ), e após 12 a 15 segundos, ao chegar no fundo-de-olho, toda a retina é fotografada por um filme especial, que identifica o extravasamento deste contraste apenas nos vasos sanguíneos doentes.

Este recurso propedêutico detecta precocemente a retinopatia diabética, sendo indicado o tratamento a LASER ( fotocoagulação ).

Araxá já é pioneira na região, através da OFTALMOCLÍNICA, deste complexo tratamento, pela aquisição de um dos mais modernos equipamentos de LASER da atualidade.

Este ano os diabéticos de Araxá e região ganharam um parceiro primordial para viverem bem com a Diabetes

Inaugurada no mês de outubro a Clínica Med Center abriu as portas com o projeto  ‘PREVENÇÃO DO OLHO DIABÉTICO’ em Araxá

O projeto tem por objetivo maior, além de orientar, prevenir a retinopatia diabética, que, se não tratada a tempo, pode levar a cegueira irreversível. Por meio deste projeto, a clínica realiza atendimento a pacientes diabéticos carentes  residentes em Araxá e região, e, por se tratar de um projeto social, não há custos para o paciente pelo atendimento.

Segundo relatou o médico oftalmologista Humberto Porfírio, idealizador do projeto e diretor da Clínica Med Center, “há um pessoal muito carente de informações na área de diabetes e o projeto foi desenvolvido para dar um suporte para estas pessoas, detectando e orientando para que possa ser feito um tratamento adequado”.

MED CENTER: a clínica é dotada de um departamento só para diabetes, o DIABETES CENTER, com equipamentos específicos para diagnóstico e tratamento de doenças da retina. Dentre eles, destaca-se o OCT (tomografia de coerência óptica), última tecnologia em avaliar minuciosamente cada estrutura da retina, permitindo diagnóstico preciso de cada patologia.

Atendimento:

Os pacientes deverão se inscrever na Oftalmoclínica Dr. Humberto Porfirio,  onde receberão orientações sobre o atendimento como horários, datas, documentos necessários etc.   O  projeto acontece na Clínica Med Center, localizada na avenida Getúlio Vargas, 1.045, centro,  pela equipe da Oftalmoclínica.

Dicas para viver bem com a Diabetes e ter mais saúde e bem estar.

– Faça pelo menos três refeições (café da manhã, almoço e jantar) e dois lanches intermediários por dia. Evitar pular as refeições é fundamental para manter a glicemia do sangue estável, sem picos.

– Coma diariamente pelo menos três porções de legumes e verduras como parte das refeições e três porções ou mais de frutas nas sobremesas e lanches.

– Beba pelo menos dois litros (seis a oito copos) de água por dia para manter o corpo hidratado. Dê preferência ao consumo de água nos intervalos das refeições.

– Controle seu peso. O sobrepeso ou obesidade levam a piora do quadro de Diabetes, pois influenciam diretamente na produção de insulina do corpo.

– Mexa-se! Pratique pelo menos 30 minutos de atividade física todos os dias. O exercício físico tem efeitos comprovados no controle dos níveis de açúcar no sangue. Com a prática regular é possível melhorar os resultados dos exames, podendo até diminuir a quantidade necessária de remédio e insulina.

– Troque bebidas açucaradas por bebidas feitas com frutas naturais e adoce com o adoçante de sua preferência. Além de reduzir as calorias, o uso do adoçante não impacta na glicemia.

– Prefira sempre consumir alimentos nas versões integrais, pois são ricos em fibras, que além de serem aliadas ao funcionamento do intestino, ainda auxiliam no controle da glicemia Por isso, opte por: arroz e macarrão integral, aveia, cereais e biscoitos ricos em fibras.

– Entenda a diferença entre diet e light.

Diet: são alimentos destinados a pessoas que possuem alguma restrição na alimentação, como os diabéticos, que devem evitar o açúcar. Para um alimento ser considerado diet, algum nutriente deve ser totalmente removido da sua formulação. Assim, a restrição pode ser de qualquer um dos nutrientes, como carboidrato, gordura, proteínas e sódio. Em caso de dúvida, confira sempre a lista de ingredientes. .

Light: alimentos produzidos de forma que sua composição reduza em, no mínimo, 25% o valor calórico e/ou algum dos seguintes nutrientes: açúcares, gordura saturada, gorduras totais, colesterol e sódio, comparado com o produto tradicional ou similar de marcas diferentes.

– Realizar exames oftalmológicos periódicos com profissionais especializados prevenir a retinopatia diabética, que, se não tratada a tempo, pode levar a cegueira irreversível.

– Evite saunas e escalda pés. O diabetes afeta a microcirculação, lesionando as pequenas artérias que nutrem os tecidos, especialmente aquelas que levam o sangue até as pernas e os pés. Em função desta alteração circulatória, os riscos de exposição às altas temperaturas e aos choques térmicos podem agravar ou desencadear problemas cardíacos. Além disso, o diabetes afeta a sensibilidade dos pés, e a pessoa pode não perceber a água muito quente ao fazer escalda pés.

– Cuide da sua saúde bucal. A higiene bucal após cada refeição para o paciente com diabetes é fundamental. Isso porque o sangue dos portadores de diabetes, com alta concentração de glicose, é mais propício ao desenvolvimento de bactérias. Por ser uma via de entrada de alimentos, a boca também recebe diversos corpos estranhos que, somados ao acúmulo de restos de comida, favorecem a proliferação de bactérias. Realizar uma boa escovação e ir ao dentista uma vez a cada seis meses é essencial.

REFERÊNCIAS:

Ettinger S. Macronutrientes: Carboidratos, Proteínas e Lipídeos. In: Mahan LK, Escott-Stump S, editores. Krause alimentos, nutrição & dietoterapia. São Paulo: Roca; 2002. p. 30-64

Lee W, Min WK, Chun S, et al. Low-density lipoprotein subclass and its correlating factors in diabetics. Clin Biochem. 2003;36(8):657-61.

Resolução da Diretoria Colegiada – RDC Nº 54, DE 12 DE NOVEMBRO DE 2012. http://portal.anvisa.gov.br/wps/wcm/connect/630a98804d7065b981f1e1c116238c3b/Resolucao+RDC+n.+54_2012.pdf?MOD=AJPERES Acessado em 03/04/2014.

Sociedade Brasileira de Diabetes. Consenso brasileiro sobre diabetes 2002: diagnóstico e classificação do diabetes melito e tratamento do diabetes melito do tipo 2. Rio de Janeiro: Diagraphic, 2003.

Sociedade Brasileira de Cardiologia. I Diretriz Brasileira de Diagnóstico e Tratamento da Síndrome Metabólica. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, 84(supl. 1): 1-28, 2005. 2. Chew GT et al. Revisiting the metabolic syndrome. Medical Journal of Austrália, 185(8): 445-9, 2006.

Por Editor1

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