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SOBRE RECICLAGEM

12//09/2014- 16:51

PorEditor1

set 12, 2014

Por: Lobo Júnior

Em meio a confusa coleta seletiva do lixo dito “seco” – RECICLÁVEL – cuja ineficiência perdura já há algum tempo em nossa cidade, temos primeiramente que rever nosso real papel nesse recorrente assunto tão importante quanto vital e relegado a “obscuras forças instáveis” do poder público.

Cabem a cada um de nós, cidadãos que exerçam seus direitos (CIDADANIA) que também o façam com seus deveres, que não são poucos em detrimento ao tempo, mas que não há desculpa para um futuro com previsões tão negativas quanto ao nosso, portanto, zelar o “destino” de tudo o que sai de nossos lares é condição para amenizar tais prognósticos. Isso não é novidade, pelo menos para o restante dos países “civilizados”. É uma regra mundial que a cada dia ganha adeptos conscientes de nossa pequenez como pessoas, mas eficiente quando em grupo. Grandes atos surgem de pequenas ações. É um clichê, mas também é uma realidade. Veja a trajetória de uma simples garrafa PET, feita do polímero Politereftalato de etileno, produto que pode levar no mínimo 100 anos para degradar no ambiente. Sua presença em fotos em matérias de revistas, jornais e telejornais suscita reflexões: “Como foi parar ali?”, “Será que de alguma forma EU tenho culpa nesse descaso?”…

Nossa obrigação para com os descartáveis “parece” terminar a partir do momento que este sai em sacos de lixo, ou mesmo sacolinhas de supermercados portão afora. Ledo engano devemos salvaguardá-lo até a chegada do caminhão coletor e, somente a partir dai, prefeituras assumem este papel. Em teoria seria assim, mas… Bem, quando não há um serviço exemplar desse setor, ficar de braços cruzados não imiscui nossa culpa e atribuir a sujeira urbana somente aos órgãos (in)competentes, também não ajuda.

Se parece hercúlea tarefa, ai vão algumas dicas: Quando usamos qualquer produto cuja embalagem pode ser de VIDRO, LATA, PLÁSTICO, LONGA-VIDA e etc, devemos lavá-los e colocá-los num desses sacos reforçados (sugiro os de 60 litros pra cima), assim você poderá guardá-los sem se preocupar com cheiro (que ocasionalmente poderia atrair pragas como baratas, moscas). Deixe num cantinho que não incomode a passagem de pessoas e quando houver a possibilidade, dê a um reciclador de rua ou espere pela COLETA SELETIVA. Essa é a ideia, porém… Não é bem o que vivenciamos no dia-a-dia. Há vários bairros de Araxá, cujos moradores têm reclamado da precariedade dos serviços prestados quanto a coleta de matérias recicláveis,  serviço  este onde horários, dias, itinerários e “avisos” são prescritos para que se fixe um padrão de sua regularidade, porém  não está sendo a contento. Há a falta de: ROTEIRO (caminho a ser seguido), “SONORIZAÇÃO” alertando sua passagem, e há quem garanta que mesmo em seus dias de coleta o serviço simplesmente não ocorre (?). A seleção para reaproveitamento de matérias é imprescindível nos tempos de hoje onde o desenvolvimento demográfico e a mudança do perfil das famílias, ditado pela ascensão da mulher como arrimo do ambiente familiar – conseqüência que mudou hábitos dentro de casa pressupõe um serviço eficiente se quisermos nos engajar nesse esforço que servirá de exemplo à geração posterior.

RECICLAR É PRECISO” é o lema propagado mundialmente, mas vivenciá-lo é o grande desafio proposto pelos novos tempos. Não há desculpas posto que a Terra é de todos nós. O poder público e a sociedade têm que se unir em prol desse bem maior. A reciclagem é uma ferramenta que desacelera a sede constante do mundo capitalista que só sobrevive ao se alimentar do consumo desenfreado e, sem ilusões, é assim que o mundo segue sua trajetória, há bastante tempo, diga-se. Então falemos da falha dos munícipes no que lhes toca a separação do lixo seco. SEU LIXO É DE SUA RESPONSABILIDADE, desde sua saída da prateleira do supermercado até o momento que ele é embalado no saco plástico. E sim, se seu filho (a) leva alimento para escola, passeio ou etc, você, cidadão do bem, o educará para que ele siga seu exemplo, a escola “endossa” mas quem educa bons costumes é você. Chega de desculpas baseadas em “a quem é que cabe esse ensino”, ele é seu e pronto. Num mundo cada vez mais plugado em INTERNET e suas redes-sociais, TVs por assinatura e seus renegados canais de documentários (muito pouco usufruídos, atesto), essas mídias são poderosas armas que podem ser aliados se somados ao ensino familiar e escolar. Falando neste, não se percebe o tema pautado sendo levado à sério como o deveria. A reciclagem deve ser proposta desde a mais tenra idade até se tornar uma rotina em nossos lares, escolas e ruas. Redes de ensino e família devem estar lado a lado nessa questão visando deixar um legado menos pessimista se confrontado com os indícios que apontam as já mencionadas previsões dos cientistas, isso se ficarmos de braços cruzados. Há iniciativas que podem ser além de eficientes, também divertidas: GINCANAS, FEIRAS DE CIÊNCIAS, PALESTRAS, PROJETOS DE CUNHO SÓCIO-AMBIENTAL, etc. Basta à escola querer e deixarmos de lado o discurso político do “não é minha responsabilidade”… lamento pessoas, é de todos nós.

Há cooperativas de catadores de ruas nos grandes centros urbanos que garantem o sustento de famílias e que contribui para a limpeza das cidades independentes do serviço das prefeituras. Podemos ajudar “organizando” esse lixo e deixando-o como gostaríamos de encontrá-lo se fossemos esses profissionais. Ideias criativas são bem-vindas: O saco do lixo seco pode ser de outra cor que a do lixo orgânico ou pode conter uma etiqueta servindo de alerta. Agora… caminhões que compactam o lixo-seco como os utilizados na coleta normal de orgânicos… bem, desanima quem limpou garrafas de vidro para ouvir o som delas estalando quando socadas na prensa… “ou será que isso é apenas para inglês ver?”… Façamos um trato? FAÇA A SUA PARTE E LEMBRE-SE… CIDADANIA É COBRAR SEUS DIREITOS E SABER DE SEUS DEVERES, ainda mais quando se envolve o futuro dos nossos filhos e netos, EXERÇA-O.

Por Editor1

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