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Rio, (AE) – A Unidos da Tijuca sagrou-se campeã do desfile das escolas de samba do Rio neste ano. Com o enredo “Acelera, Tijuca!”, que homenageou o piloto Ayrton Senna no vigésimo ano de sua morte e consumiu cerca de R$ 15 milhões, a escola somou 299,4 pontos de 300 possíveis. Foi o quarto título da história da Tijuca, o terceiro sob a liderança do carnavalesco Paulo Barros – além de 2010 e 2012, a agremiação também venceu em 1936.

O Salgueiro foi vice-campeãO, com apenas um décimo a menos: 299,3 pontos. A escola apresentou o enredo “Gaia, a vida em nossas mãos”. Também voltarão ao desfile das Campeãs, na noite de sábado, Portela (3ª), União da Ilha (4ª), Imperatriz (5ª) e Grande Rio (6ª). A Império da Tijuca, que havia sido alçada ao Grupo Especial em 2013, caiu novamente para a segunda divisão. A Unidos do Viradouro, escola de Niterói, na Região Metropolitana, sagrou-se campeã do grupo de acesso e vai substituir a Império da Tijuca na elite em 2015.

Durante a parte final da apuração, o título do Grupo Especial foi disputado décimo a décimo por Unidos da Tijuca e Salgueiro, duas escolas do mesmo bairro da zona norte. O presidente da Tijuca, Fernando Horta, reconheceu que a vitória foi apertada, mas deixou a modéstia de lado ao comemorar o campeonato: “Venceu a melhor.” Horta afirmou que, apesar das desavenças com Paulo Barros ao longo da preparação do desfile, vai mantê-lo no cargo. “Eu fico, por que ele não ficaria?”, perguntou.

A maior surpresa da apuração foi o resultado da Beija-Flor, que homenageou o empresário José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, ex-superintendente da TV Globo. Uma das cotadas ao título, a escola ficou apenas em sétimo lugar, repetindo sua pior classificação no Grupo Especial. A agremiação de Nilópolis, na Baixada Fluminense, já havia ficado nesta posição em 1992 e nos dois primeiros anos em que participou da elite, 1974 e 1975.

Só no primeiro quesito julgado nesta quarta-feira, 5, enredo, a escola perdeu seis décimos, mesma quantidade perdida pela campeã Tijuca durante todo o julgamento. O presidente da escola, Farid David, negou a frustração: “Não é que o enredo ‘Boni’ não tenha dado certo: o critério é muito subjetivo. Perdi ponto em fantasia de escola que não tinha nem fantasia”, disse, referindo-se à Vila Isabel, que teve alas com indumentária inacabada. Tanto Vila como Beija-Flor perderam meio ponto no quesito fantasias.

Campeã de 2013, a Vila decepcionou seus torcedores, que chegaram a protestar contra a diretoria da escola durante a apuração no sambódromo. Um grupo uniformizado e com bandeiras da escola gritava “Respeite a torcida”, “Cadê a fantasia?” e “Fora Wilsinho”, referência ao presidente da agremiação, Wilson Alves. A Vila teve problemas na entrega das fantasias de pelo menos dez alas. Nenhum diretor acompanhou a leitura dos votos na Sapucaí.

No primeiro ano após uma tumultuada troca de comando, e agora tendo Monarco como presidente de honra, a Portela comemorou o terceiro lugar. Esse mesma posição havia sido alcançada em 2009 e é o melhor resultado desde 1995, quando a escola foi vice. “A gente sonhou muito com esse título. Mas, pela reformulação que fizemos, é um ótimo lugar”, disse o presidente Serginho Procópio

Outra escola grande que sofreu mudança em sua diretoria recentemente foi a Mangueira, mas a Verde e Rosa ficou apenas na oitava posição. Assim como a Portela, a União da Ilha também comemorou intensamente sua boa colocação. A escola, que exaltou a infância fazendo referência aos mais variados tipos de brinquedos, havia conseguido o quarto lugar pela última vez em 1994. Entre 2002 e 2009 amargou o grupo de acesso e agora completou seu quinto ano consecutivo na elite. “Justiça foi feita. Estamos indo degrau por degrau, e ano que vem vamos brigar pelo título”, disse o presidente Ney Filardi.

Por Editor1

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