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Por: Alcino de Freitas

Num curto período, o Brasil perdeu três campeões do mundo, sendo eles:  Djalma Santos, De Sordi e Gilmar dos Santos Neves.

Djalma dos Santos. Nascido em São Paulo, no dia 27 de fevereiro de 1929. Menino humilde e pobre que iniciou sua carreira como sapateiro e atuando na equipe do Internacional, clube da várzea paulista. Depois fez testes nas equipes do Ypiranga e Corinthians, mas preferiu jogar pela Portuguesa de Desportos. Jogava como centro-médio, contudo, quando a Portuguesa contratou Bradaõzinho, Djalma foi jogar na lateral-direita. A Portuguesa tinha uma intermediária famosa: Djalma Santos, Bradaõzinho e Bauer, além de Pinga e Julinho Botelho. Tanto é verdade que a Portuguesa conquistou o Torneio Rio-São Paulo em 1952 e em 1955 e a Fita Azul em 1951 e em 1953. Pela Portuguesa, realizou 434 partidas, sendo o segundo jogador que mais atuou com a camisa da “Lusa”, perdendo apenas para o jogador Capitão, que jogou 496 partidas. Transferiu-se para o Palmeiras, pelo qual jogou 498 partidas, sendo destaque da “Academia”, ao lado de Ademir da Guia, Julinho Botelho, Djalma Dias e Vavá. No Palmeiras, conquistou o maior número de títulos de sua carreira: Campeonato Paulista 1959, 1963 e 1966; os Brasileiros de 1960 e 1967, o Rio-São Paulo de 1965 e a Taça Brasil de 1967. Ele jogava pela Portuguesa de Desportos quando foi campeão mundial pela Seleção Brasileira na Suécia, em 1958. Foi titular em apenas uma partida, a final, contra a Suécia, vencida pelo Brasil, por 5 a 2, substituindo De Sordi, que se contundiu. Na Copa seguinte, no Chile, em 1962 (já como jogador do Palmeiras), Djalma se consagrou bicampeão mundial. Jogou ainda mais uma Copa, em 1966, envergando por 100 vezes a camisa “Canarinho”. Encerrou sua carreira prestes a completar 42 anos, atuando pelo Atlético Paranaense, no dia 21 de janeiro de 1971, time pelo qual se sagrou campeão em 1970. Djalma Santos faleceu em Uberaba, Minas Gerais, no dia 23 de julho de 2013, aos 84 anos, decorrente de parada cardiorrespiratória.

Nilton de Sordi nasceu em Piracicaba, no dia 14 de fevereiro de 1931. Iniciou sua carreira como profissional de futebol no XV de Piracicaba, em 1949, e, no dia 1º de janeiro de 1952, foi contratado pelo São Paulo Futebol Clube, time pelo qual atuou com a camisa tricolor por 536 vezes, jogando até o dia 16 de julho de 1965 (antigamente era assim, o jogador atuava por amor ao clube e à camisa). Conquistou os títulos de campeão paulista de 1953 e 1957. Convocado para a Seleção Brasileira pela primeira vez no ano de 1954, sendo integrante da equipe que conquistou a Copa do Mundo de 1958, pela qual só não atuou na partida final. Contam os historiadores que De Sordi teria sido barrado pelo médico da Seleção Hilton Gosling, que supostamente percebeu no lateral-direito um grande nervosismo. Era um excelente marcador e tinha boa noção de cobertura. Apesar de baixa estatura, cabeceava muito bem e, por isso, chegou a jogar como zagueiro central no São Paulo e na Seleção Brasileira. Depois de aposentado, treinou a equipe do União Bandeirante, no Campeonato Paranaense, clube que voltaria a treinar outras vezes, sendo a última em 1977.  Faleceu na cidade de Bandeirantes, no dia 24 de agosto de 2013.

Gylmar dos Santos Neves nasceu em Santos, no dia 22 de agosto de 1930. Goleiro, é considerado até os dias atuais um dos melhores de todos os tempos. Gilmar tornou-se um goleiro lendário por ter atuado em equipes como o Corinthians Paulista, durante a década de 50, e no Santos Futebol Clube, na década de 60, além de ser bicampeão do mundo pela Seleção Brasileira. Durante a Copa do Mundo de 1958, jogou com a camisa de número 3. Isso aconteceu durante o sorteio dos números dos jogadores, uma vez que os dirigentes da época da CBD (Confederação Brasileira de Desportos) se esqueceram de colocar os números das camisas dos jogadores. Conta a história que também ficou conhecido por tomar o primeiro gol de Pelé, num jogo entre Corinthians e Santos. Estreou na Seleção Brasileira no dia 1º de março de 1953, na vitória de 8 a 1 sobre a Bolívia, válida pelo Campeonato Sul-Americano (atual Copa América), disputado no Peru. Em 1958, ajudou a Seleção Brasileira a conquistar sua primeira Copa do Mundo, sendo que em 1962, repetiu o feito, conquistando o bicampeonato mundial. Convocado também para a Copa de 1966, quando atuou em duas partidas, sendo substituído por Hailton Corrêa de Arruda, o Manga. Gilmar jogou pela Seleção Brasileira até 1969, sendo sua última partida em 12 de junho, num amistoso disputado no Maracanã, quando o Brasil venceu a Seleção da Inglaterra por, 2 a 1.

Gilmar no Corinthians Paulista foi campeão em 1951, 1952 e 1954.

Torneio Rio-São Paulo: 1953 e 1954.

Pequena Taça do Mundo: 1954.

Pelo Santos Futebol Clube: Campeão Paulista: 1962, 1964, 1965, 1967 e 1968.

Campeonato Brasileiro: 1962, 1963, 1964, 1965 e 1968.

Taça Libertadores da América: 1962 e 1963.

Taça Intercontinental: 1962 e 1963.

Torneio Rio-São Paulo: 1963, 1964 e 1966.

Recopa dos Campeões Mundiais: 1968.

Na Seleção Brasileira: Campeão do Mundo: 1958 e 1962.

Faleceu em São Paulo, no último dia 25 de agosto de 2013.

Por Editor1

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