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Alunos de escolas da rede pública de ensino e dos espaços multiusos participaram da atividade que ocorreu na rua Presidente Olegário Maciel, nesta quinta-feira, 22.

Desde o último dia 20, a Assessoria de Planejamento e Projetos está promovendo atividades comemorativas do Dia Mundial da Água, tradicionalmente lembrado em 22 de março. Ontem, uma blitz educativa que saiu da rua Presidente Olegário Maciel encerrou as atividades realizadas pelo Poder Público. O tema desenvolvido este ano é “Água, um bem precioso”.

De acordo com a coordenadora ambiental da Assessoria de Planejamento e Projetos, Ana Lúcia Gontijo de Andrade Silva, a blitz educativa está em seu terceiro ano de realização. “O Dia Mundial da Água deveria ser todos os 365 dias do ano, porque nós temos que ter consciência e saber que a água é um bem limitado. A cada dia, nascem crianças e água não aumenta a quantidade, então essa conscientização que é feita com as nossas crianças está envolvendo várias escolas de Araxá”, disse.

Segundo Ana Lúcia, essa ação é um incentivo para que as crianças sejam “soldados protetores que nos ajudem a conscientizar os adultos sobre o não desperdício da água”. “Esse é o nosso intuito, não só trabalhar com as nossas crianças, mas envolver o máximo de pessoas que a gente pode, fazendo a nossa parte. Quanto mais pessoas envolvidas no projeto melhor é para nós e maior é a conscientização”, ressaltou.

A educadora da Escola Estadual Vasco Santos, Daniela Faria, acredita que é fundamental passar essa conscientização para o aluno desde pequeno. “É importante trabalhar este tema com todos os alunos, desde os pequeninos até o Ensino Médio, pois a água pode parecer um recurso abundante, já que dois terços do planeta estão cobertos de água, mas é essencial para a sobrevivência do ser humano”, declarou.

“O povo está desperdiçando muita água. Temos 92% de água do planeta, mas a gente não pode desperdiçar à toa. É importante que todos se unam nessa luta para a conscientização [do uso] da água”, comentou o aluno da Escola Estadual Loren Rios Feres, João Victor de Souza.

A cozinheira Maria Abadia da Silva afirmou que a blitz educativa envolvendo as crianças conscientiza mais os adultos. “Faltando água nós não temos nada. Sem água falta tudo. A pessoa tem que ter consciência do valor da água. Foi uma manhã muito diferente, estava passando aqui no centro, acho importante, está linda essa manifestação”, destacou.

Além da blitz educativa, a Assessoria de Planejamento e Projetos realizou uma palestra denominada “Poupar para não faltar” nos 12 espaços multiusos de Araxá na terça-feira, 20, com a colaboração de Ana Lúcia e contou com apresentações musicais, palestra e um jogo de futsal no Centro Esportivo Nadyr Barcelos na quarta-feira, 21.

A coordenadora ambiental citou algumas dicas para economizar com os gastos da água. “Quando vir alguém lavando o carro com a torneira aberta sem necessidade, va lá, fale com a pessoa ‘senhor, vamos fechar a mangueira’, e quando a mamãe estiver lavando roupa, dizer ‘mamãe, vamos aproveitar essa água com sabão para lavar a cozinha’. São atitudes que fazem parte do poupar da nossa água”, finalizou.

O Dia Mundial da Água foi criado pela ONU (Organização das Nações Unidas) no dia 22 de março de 1992. A cada ano, esse dia é destinado à discussão sobre os diversos temas relacionadas a esse importante bem natural.

Apesar de a terra ser formada por dois terços de água, a ONU se preocupou com ela pelo fato de apenas cerca de 0,008 %, do total da água do nosso planeta ser potável (própria para o consumo). E como sabemos, grande parte das fontes dessa água (rios, lagos e represas) está sendo contaminada, poluída e degradada pela ação predatória do homem. Essa situação é preocupante, pois poderá faltar, em um futuro próximo, água para o consumo de grande parte da população mundial. Pensando nisso, foi instituído o Dia Mundial da Água, cujo objetivo principal é criar um momento de reflexão, análise, conscientização e elaboração de medidas práticas para resolver tal problema.

Declaração Universal dos Direitos da Água

No dia 22 de março de 1992, a ONU também divulgou um importante documento: a “Declaração Universal dos Direitos da Água” com uma série de medidas, sugestões e informações que servem para despertar a consciência ecológica da população e dos governantes para a questão desse recurso natural.

Art. 1º – A água faz parte do patrimônio do planeta. Cada continente, cada povo, cada nação, cada região, cada cidade, cada cidadão é plenamente responsável aos olhos de todos.

Art. 2º – A água é a seiva do nosso planeta. Ela é a condição essencial de vida de todo ser vegetal, animal ou humano. Sem ela não poderíamos conceber como são a atmosfera, o clima, a vegetação, a cultura ou a agricultura. O direito à água é um dos direitos fundamentais do ser humano: o direito à vida, tal qual é estipulado do Art. 3 º da Declaração dos Direitos do Homem.

Art. 3º – Os recursos naturais de transformação da água em água potável são lentos, frágeis e muito limitados. Assim sendo, a água deve ser manipulada com racionalidade, precaução e parcimônia.

Art. 4º – O equilíbrio e o futuro do nosso planeta dependem da preservação da água e de seus ciclos. Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente para garantir a continuidade da vida sobre a Terra. Este equilíbrio depende, em particular, da preservação dos mares e oceanos, por onde os ciclos começam.

Art. 5º – A água não é somente uma herança dos nossos predecessores; ela é, sobretudo, um empréstimo aos nossos sucessores. Sua proteção constitui uma necessidade vital, assim como uma obrigação moral do homem para com as gerações presentes e futuras.

Art. 6º – A água não é uma doação gratuita da natureza; ela tem um valor econômico: precisa-se saber que ela é, algumas vezes, rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear em qualquer região do mundo.

Art. 7º – A água não deve ser desperdiçada, nem poluída, nem envenenada. De maneira geral, sua utilização deve ser feita com consciência e discernimento para que não se chegue a uma situação de esgotamento ou de deterioração da qualidade das reservas atualmente disponíveis.

Art. 8º – A utilização da água implica no respeito à lei. Sua proteção constitui uma obrigação jurídica para todo homem ou grupo social que a utiliza. Esta questão não deve ser ignorada nem pelo homem nem pelo Estado.

Art. 9º – A gestão da água impõe um equilíbrio entre os imperativos de sua proteção e as necessidades de ordem econômica, sanitária e social.

Art. 10º – O planejamento da gestão da água deve levar em conta a solidariedade e o consenso em razão de sua distribuição desigual sobre a terra.

 

 

 

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