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De acordo com o psicólogo Luiz Cláudio Alves, o atendimento humanizado é o melhor caminho para tratar os pacientes, principalmente àqueles que têm o autismo.

O psicólogo Luiz Cláudio Alves se orgulha por trabalhar na Associação dos Pais e Amigos Excepcionais de Araxá (Apae), uma instituição que atende crianças, jovens, adultos e idosos deficientes, tendo como objetivo a habilitação, reabilitação, adaptação e inclusão  do  deficiente  na  família,  escola,  trabalho  e  sociedade. A Apae de Araxá garante o atendimento educacional e clínico especializado ao deficiente, possibilitando o pleno desenvolvimento de suas potencialidades de acordo com as suas peculiaridades, assegurando todos os direitos fundamentais de exercer sua plena cidadania, como saúde, educação, convivência familiar e social.

Luiz está na Apae desde 1998 e afirma que a entidade segue a linha de trabalho com um atendimento mais humanizado ao paciente. “A gente fez uma análise aqui dentro da instituição que o atendimento clínico estava atingindo um número reduzido de pacientes. Como instituição filantrópica que geralmente são pessoas carentes tanto de afetividade e carentes materialmente e não podem procurar um atendimento particular entendemos em reformular esse modelo de atendimento para o social”, disse o psicólogo.

O atendimento social significa que os profissionais da saúde tenham que atender a todos os envolvidos no processo da Apae. “Nós modificamos o atendimento de consultório individualizado e alguns grupos menores por um grupo maior atendendo em sala de aula junto com a professora. A gente percebeu um avanço no atendimento aonde todos da instituição passam por todos os professores, então, a qualidade efetiva de troca de experiências, o apoio que a gente da área clínica para pedagógica e vice-versa ao aprendizado que absorvemos no dia-a-dia na sala de aula”, explicou Luiz Cláudio.

Luiz revelou que a partir do momento que a saúde é humanizada, tanto o paciente como o profissional de saúde se sentem melhor. “A proximidade das pessoas que estão aqui para realizar um trabalho na área da saúde de atendimento é muito melhor a partir do momento que tenho um alcance maior com o meu trabalho. Quando eu fico um pouco restrito ao número pequeno de pessoas que absorvem o meu trabalho, estou limitando a minha possibilidade de ajuda. A gente trabalhando em uma entidade filantrópica com número enorme de pacientes, em cerca de 350 atualmente, com número de profissionais, essa mudança foi fundamental”.

Desses 350 pacientes da Apae, 22 estão com autismo que corresponde a uma alteração que afeta a capacidade de comunicação do indivíduo, de socialização (estabelecer relacionamentos) e de comportamento (responder apropriadamente ao ambiente). “A questão das políticas públicas não só de Araxá, mas do Brasil, tem uma tendência a planejar aquilo que dê um número maior de incidências das deficiências, da saúde pública, quer dizer, faz um levantamento e percebe que aquele número de pessoas afligidas por aquela situação deva ter uma atenção maior. Evidentemente, que o autismo será sempre segregado pelo número de pessoas que apresentam essa síndrome e pela dificuldade de dar o diagnóstico. A gente entende que ela precisa ser aos poucos introduzida, pois, não há nenhum trabalho voltado para o autismo”, comentou o profissional.

“Não estuda autismo nas grades curriculares de Psicologia, Psiquiatria, Medicina em si, então, todas as pessoas que trabalham buscaram esse conhecimento posterior. Hoje se sabe muito como trabalha com autismo, mecanismo e métodos, porém, a sua causa e o seu prognóstico ainda é uma incógnita. As pessoas com sensibilidade derem o primeiro passo nesse apoio e empenho de ter um trabalho voltado ao autismo, vai ser de grande importância e auxiliar o autista em si, mas as famílias que ficam a mercê sem essa informação e pouco sabendo o que fazer dentro de casa”, acrescentou Luiz Cláudio.

Para sanar essa síndrome, Luiz Cláudio destacou que a Apae está dando o seu primeiro passo. “A Apae está qualificando o seu profissional e tentando amenizar essa lacuna. Claro que existe a necessidade de um trabalho mais amplo para que atenda a todos. O primeiro passo tem o seu valor e a gente atende que a Apae está no caminho certo”, conclui o psicólogo.

Por Editor1

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