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Pronta resposta da corporação impede que incêndios atinjam Parque do Rola Moça, mas cuidados básicos precisam ser conhecidos e adotados.

O tempo seco, aliado à irresponsabilidade e desconhecimento de cuidados básicos por parte da população, faz com que 90% dos incêndios sejam provocados pelo homem, de acordo com um dado divulgado pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Semad), no ano passado.

Em apenas dois dias, equipes da Adjuntoria Ambiental do Corpo de Bombeiros combateram dois princípios de incêndio nas proximidades do Parque Estadual da Serra do Rola Moça. Nas duas ocorrências, sem uma pronta resposta, o fogo poderia ter provocado a destruição de parte da vegetação de uma das maiores áreas preservadas do Estado.

O primeiro incêndio aconteceu nesta quarta-feira (20), no Condomínio Retiro do Chalé, em uma área de vegetação rasteira. Brigadistas da Copasa deram início ao combate até a chegada dos bombeiros. Em meia hora, três militares conseguiram debelar o fogo com o uso de abafadores e bombas costais.

Na terça-feira (19), os militares também foram acionados para combater outro foco de incêndio no bairro Jardim Canadá, no entorno do Rola Moça. O fogo teria sido colocado em um monte de lixo e foi rapidamente detectado pelas câmeras do sistema de videovigilância, instaladas em uma sala de controle, dentro do parque.

De acordo com o coordenador da Adjuntoria Ambiental Tenente Cléber Ribeiro, a presença de uma equipe de 20 bombeiros dentro do parque agiliza o atendimento nessas situações. Além das câmeras fixas, um sistema de vigilância móvel permite aos bombeiros monitorar “in loco” os locais onde há maior incidência de incêndios.

“Com base em ocorrências anteriores, criamos uma planilha que mapeia os dias, horários e locais onde esses registros aconteceram. A partir daí, geramos uma ocorrência preventiva junto à Central 193, empenhamos uma viatura e uma equipe percorre esses locais detectando possíveis focos”, explica o tenente.

Pela planilha, os locais nas proximidades do Rola Moça que merecem maior atenção são a cachoeira do Álvaro Antônio, o campo do Independência, Pitangueiras, Bálsamo, Taboões e o Lixão de Ibirité.  O levantamento aponta, ainda, que as sextas e sábados são os dias em que há maior registro de incêndios nas proximidades da reserva.

O oficial dá um alerta também a quem gosta de acampar nesse lugares. A dica é ter cuidado redobrado ao acender fogueiras, fazendo um buraco ao redor de onde ela estiver sendo montada para evitar que as fagulhas atinjam a vegetação. É aconselhável também verificar se as brasas estão bem apagadas para evitar uma nova ignição, orienta o Tenente Cléber. “O principal é ter consciência. A educação ainda é a melhor arma para combater um incêndio florestal”, finaliza.

Força-Tarefa

Criada em 2005 pelo Governo de Minas, a força-tarefa Previncêndio reúne o Corpo de Bombeiros, o Instituto Estadual de Florestas, a Secretaria Estadual de Meio Ambiente, as polícias Militar e Civil, a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil, a Prefeitura Municipal e parceiros privados.

No ano passado, foram destinados recursos orçamentários de R$ 29 milhões para as ações do Previncêndio, que promoveram a redução de 63% de área queimada nas unidades de conservação estaduais. Uma das iniciativas do Corpo de Bombeiros foi a diminuição do tempo de resposta no atendimento às ocorrências, com a capacitação de 1,4 mil bombeiros em combate a incêndios florestais. 

Por Editor1

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