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Os vereadores aprovaram, por unanimidade, um projeto de lei (7/2013) que autoriza a celebração de convênio do Poder Executivo de R$ 930 mil com a Associação de Assistência Social da Santa Casa de Misericórdia de Araxá para regular serviços de saúde à população araxaense, em reunião ordinária promovida pela Câmara Municipal nesta terça-feira (26).

Antes de sua aprovação na Ordem do Dia, o projeto foi bastante debatido durante apreciação dos parlamentares. Iniciando a discussão, o vereador Roberto do Sindicato (PP) criticou a administração do hospital da Santa Casa. De acordo com ele, nos últimos quatro anos a entidade tem sido bastante contestada quanto ao atendimento da população, mesmo com esforço do Poder Executivo em tentar resolver essa questão alocando grande montante em recursos, sendo R$ 15 milhões somente no ano passado.

“A administração do hospital ganha bem e deveria administrar bem a Santa Casa, não depender do esforço do prefeito (Jeová Moreira da Costa), que muitas vezes tem que deixar a prefeitura para fazer atendimentos. Antes o hospital tinha o problema da falta de recursos, agora tem recursos, mas o administrador não consegue levar o hospital para frente. Queremos saber quanto ele ganha, os benefícios que tem e porque há o mal atendimento”, indagou Roberto.

Para o vereador Juninho da Farmácia (DEM), o Executivo deveria fazer uma distribuição mais equilibrada dos recursos investidos na área de saúde.

“Somente a Santa Casa recebeu R$ 15 milhões (no ano passado) e esse bolo deveria ser dividido. Temos a Casa do Caminho, o Hospital Dom Bosco, o Centro de Atendimento à Mulher e Centro de Atendimento à Criança, as Unidades de Saúde precisam de sustentação para que o Pronto Atendimento Municipal (PAM) seja desafogado, ou seja, precisam acabar com essas picuinhas e divergências sobre atenção especial a um determinado hospital”, considerou o democrata.

O vereador Sargento Amilton (PTdoB), vice-presidente da Casa, ressaltou que o hospital recebe não só a alta demanda de Araxá, município com quase 100 mil habitantes, como de toda a região. “Para citar um exemplo, os acidentes que acontecem nas estradas da região, a demanda vem toda para a Santa Casa, ela é muito grande. Esse projeto chegou para servir o hospital nessa demanda, mas, como disse o nobre vereador Roberto, queremos a presença do administrador para prestar esclarecimentos quando da gestão desses recursos”.

Já o vereador Professor Cachoeira (PDT), líder do governo na Câmara, agradeceu aos vereadores pela apreciação ao projeto que é de grande alcance social, e lembrou que, em sua opinião, muita coisa foi melhorada, mas é necessário que se melhore ainda mais. “Vamos trazer o retrato da saúde, o quanto foi investido até agora (pela atual administração municipal), o quanto é útil. A Santa Casa é um polo em trazer doentes, precisamos achar saídas aos problemas existentes, há a questão de médicos descontentes. Difícil é ser médico, mas é muito pior ser doente”.

E pelo fato de a Santa Casa atender também grande demanda da região, o vereador Garrado (PR) opinou que os municípios vizinhos também deveriam contribuir em investimentos na Santa Casa. “Os prefeitos vizinhos não contribuem com nada, e por causa do SUS Fácil, cerca de 40% dos nossos pacientes são de fora, inclusive gente de Belo Horizonte que encontra vaga aqui, Uberaba, Patos de Minas”, relatou.

O projeto de lei segue para sanção do prefeito.

Por Editor1

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