Logo Jornal Interação

O projeto Vidança retomou suas atividades em 2013 de uma forma bem diferente. A idealizadora e coordenadora do projeto, Polyana Ribeiro, levou seus alunos para a estância hidromineral do Barreiro, nesta quarta-feira, 30 para atividades referentes a alongamento e caminhada em torno do local. O objetivo é os participantes deste projeto de inclusão social estarem em contato com a natureza, que faz muito bem para a dança. Este projeto trabalha a expressão corporal e leva aos deficientes visuais o contato com a arte por meio da dança.

O projeto Vidança tem duração de 12 meses (até julho de 2013) e foi aprovado com recursos de cerca de R$ 360 mil, sendo que, desse valor, 60% foram captados na Lei Rouanet do Ministério da Cultura do Governo Federal.

De acordo com Polyana, em relação à primeira atividade de 2013, o contato com a natureza traz muitos benefícios para todos os participantes. “A gente queria proporcionar um contato melhor com a natureza, um ar mais puro e, principalmente para a maioria conhecer o Barreiro. A maioria do pessoal já mora em Araxá há algum tempo, mas grande parte não conhece a riqueza que tem essa cidade. Escolhemos o Barreiro por ser um dos locais mais bonitos de Araxá e que tem uma natureza mais agradável”, disse.

Segundo Polyana, o contato com a natureza inspira qualquer tipo de pessoa a desempenhar a sua atividade melhor, e com os deficientes visuais, não é diferente. “A gente tem uma ligação muito grande com o meio ambiente e a naturalidade do nosso corpo em contato com a natureza. Todos temos um sentimento mais gostoso. Nós tivemos a parte do alongamento ao ar livre e depois fizemos uma caminhada no próprio Barreiro. Tivemos algumas recreações para estar finalizando a atividade”, colocou.

Polyana afirmou que o projeto desenvolvido desde agosto está superando todas as suas expectativas. “O pessoal está fazendo aulas duas vezes por semana [na sede do CAK]. Eles pegaram um trabalho muito bom. Nesses primeiros meses de aula, eles tiveram um desenvolvimento superbacana, onde a gente pode mostrar isso no palco [no festival CAK de Danças] e agora, nessa segunda parte do projeto, todos estão muito empolgados”.

“Nós vamos começar agora a trabalhar uma parte mais técnica avançada. Seria na questão de modalidades mais diferentes e a gente poder aumentar um pouco o grau da dificuldade dentro da dança para eles alcançarem mais desafios”, acrescentou.

O projeto conta com mais de 30 participantes, incluindo crianças, jovens, adultos, idosos, que são deficientes visuais. Para Geralda Maria Rosa, de 71 anos, o projeto Vidança fez a vida dela renascer. “Eu sofro de depressão, então, não queria saber de mais nada. Aí eu fui para o Celb [Centro Educativo Louis Braile] e depois que vim para participar, eu sinto a alegria de viver. Aqui tudo é amigo. Para mim, foi a coisa melhor do mundo”, comentoue.

Para outro participante do Vidança, Humberto Borges Júnior, de 20 anos, estar no projeto significou novas descobertas. “É muito importante a gente sair de casa, aprender coisas novas, que é a dança. Sempre achei que não havia necessidade de a gente saber da dança, mas descobri que ela é uma forma de saúde”.

Polyana explicou que a questão da dança para os deficientes estimula mais ainda a audição. “Por meio da música, eles precisam aprender a escutar bem o compasso com o objetivo de estimular a questão dos passos, principalmente no que se refere a eles não poderem enxergar. Então, a dança ajuda no sentimento da imaginação com o coração, porque podem ser mais livres”, esclareceu.

As inscrições para dez novos participantes já estão abertas até o dia 28 de fevereiro de 2013. “Nós estamos trazendo mais alegria, mais vontade de viver e, principalmente mostrando que a deficiência visual não é obstáculo para superar desafios”, finalizou.

Por Editor1

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *