O BANCO
Eu sou feito de madeira
Madeira, matéria morta
Mas não há coisa no mundo
Melhor pra sentar em mim
Meus pés são de ferro
Sou pesado pra alguém roubar
Fico na porta do Restaurar
Para os fregueses assentar
Assentam o menininho
A mocinha e o idoso também
Até o casal de namorado
Gostam de ali ficar e alguém fotografar.
Já escutei tantos causos
Alguns segredos escutei
Me roubaram de manhã
Ninguém viu quem foi, não sei.
Se você viu o larápio
Levando-me sorrateiramente
Denuncie no Restaurar
Que recompensa você terá
Quero voltar pro meu lugar
Pras moças bonitas assentar
Sou de madeira com pés de ferro
Mas sinto falta dali
O Restaurar Café e CIA
Precisa muito de mim.
Gloria Soraggi